Bruno Fernandes
de Souza, guarda-redes condenado por matar namorada, que foi libertado no mês
passado depois de cumprir sentença parcial pelo assassinato de Eliza Samudio,
recebeu contrato da Equipe de Futebol “Boa Esporte”.
A violência e a
misoginia que Provêm da indignação da sociedade brasileira, foram destacadas na
nesta segunda-feira, quando um clube de segunda divisão assinou um guarda-redes
que foi condenado por assassinar sua namorada e ter seu corpo alimentado a seus
cães.
Em meio a
sorrisos e apertos de mão, a Boa Esporte revelou um contrato de dois anos para
Bruno Fernandes de Souza, que foi libertado da prisão no mês passado,
aguardando um apelo. Bruno, ainda culpado de assassinato mas
desconcertantemente bem-vindo a voltar para o futebol.
Por
Contrapartida, o anúncio atraiu a raiva da família da vítima, e grupos de
campanha contra os altos níveis de violência de género no Brasil.
"As mulheres
estão indignadas e também o público em geral. É como se ele tivesse ficado
impune ", escreveu Djamila Ribeiro, uma filósofa política e activista
feminista, no site do UOL.
Em resultado da indignação,
Três patrocinadores retiraram seu apoio da equipe em protesto contra a decisão.
Hackers publicaram denúncias na página de entrada (Homepage) da equipe. Mas
muitos fãs de futebol aplaudiram o retorno de um dos jogadores mais populares
do país, apesar dos terríveis crimes que cometeu.
A assinatura de
Bruno vem em meio acrescente preocupação com o femicídio e estupro no Brasil.
Para marcar o Dia Internacional da Mulher na semana passada, a equipa de
futebol Cruzeiro - que é famosa por ser socialmente progressista - usava
camisas que destacavam os problemas com dados relevantes para cada número, por
exemplo: "Uma violação a cada 11 minutos".
Em seu último
relatório de país, a Amnistia Internacional observou que a violência letal
contra as mulheres aumentou 24% na década anterior e confirmou que o Brasil era
um dos piores países latino-americanos no que concerne a estes aspectos do
crime deste grau. Uma em cada três mulheres sofreram violência física, verbal
ou psicológica durante o ano passado, de acordo com uma pesquisa divulgada na
semana passada pela Datafolha.
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