No ano passado Moçambique foi um dos países mais afectados
pela seca provocada pelo fenómeno El Niño e as organizações internacionais já
estimavam em meados de 2016 que o pico da crise alimentar ocorresse entre Novembro
desse ano e o próximo mês de abril.
Segundo a ONU, Cerca de 2,1 milhões de
pessoas enfrentam risco de fome em Moçambique, um aumento de 700.000 em relação
a novembro face à diminuição das reservas e enquanto se espera a próxima
colheita em abril.
“As colheitas começam
em final de março, abril e à medida que vão passando os meses até à próxima
colheita os stocks próprios da colheita passada vão diminuindo e também (…) no
mercado é mais difícil comprar. Daí o aumento das pessoas afectadas”, explicou à agência Lusa Karin Manente,
representante do Programa Alimentar Mundial (PAM) em Moçambique, num contacto
telefónico”.
Segundo Karin Manente, em novembro as pessoas em risco de
fome ascenderiam a 1,4 milhões, mas depois da "avaliação de campo"
realizada pelo governo e os parceiros, incluindo o PAM, "a estimativa
aumentou para os 2,1 milhões".
A maioria das pessoas em insegurança alimentar aguda
encontra-se no sul do país, nas províncias de Gaza, Inhambane e no norte da
província de Maputo, mas também no centro, sobretudo nas províncias de Tete,
Sofala e Manica.
(TVI)
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