Daniela Greene: Denis curpert |
Poucas semanas antes da união, o terrorista havia declarado lealdade ao Estado Islâmico. A história que poderia fazer parte do seriado Homeland foi revelada pela CNN e é detalhada no processo em que Greene foi condenada a 2 anos de prisão por fornecer informações falsas ao FBI, onde trabalhava desde 2011 como linguista.
A fluência em alemão levou à sua designação para investigar o ex-rapper Denis Cuspert, que era conhecido como Deso Dogg. Depois de um acidente de carro quase fatal em 2010, ele se converteu ao islamismo, adotou o nome Abou Maleq e começou a divulgar vídeos com mensagens extremistas na internet.
Denis Curpert(Abou Malaq) |
Ao FBI, Greene disse que viajaria à Alemanha para visitar sua família. No formulário entregue à agência ela descreveu a viagem como “férias/pessoal” e especificou as datas de saída e retorno e os locais que visitaria.
Mas no dia 23 de junho, ela embarcou para Gaziantep, um cidade turca que fica a 32 km da fronteira com a Síria, de onde Cuspert organizou sua travessia e a entrada no território controlado pelo Estado Islâmico.
Segundo o processo judicial, ao qual o Estado teve acesso, Greene arrependeu-se de sua decisão logo depois do casamento. “Eu estou na Síria. Às vezes eu gostaria de poder voltar. Eu não sei nem como eu faria isso, se tentasse voltar . Eu estou em um ambiente muito hostil e não sei quanto tempo vou sobrevier aqui, mas não importa, é tudo um pouco tarde demais”, escreveu em 9 de julho em um e-mail a uma pessoa nos Estados Unidos não identificiada nos autos.
As mensagens deixam claro que ela sabia ter cometido um crime. “Não sei se eles te falaram, mas eu provavelmente irei para a prisão por um longo tempo se eu voltar, mas essa é a vida”, escreveu no dia 22 de julho.
Greene disse a Cuspert que era funcionária do FBI e ele estava sendo investigado pela agência. Os procuradores federais sustentaram que durante o período em que ambos estavam juntos na Síria, ele era um ativo combatente do Estado Islâmico.
No trabalho de investigação anterior à viagem, Greene identificiou e forneceu ao FBI vários números de telefone e contas online usadas pelo ex-rapper, entre as quais duas no Skype. De acordo com o depoimento de um colega, ela mantinha uma conta exclusiva no Skype, à qual nenhum outro agente do FBI tinha acesso.
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