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DEPORTAÇÕES NA ÁFRICA DO SUL NÃO LIGADAS À XENOFOBIA



A África do Sul está lidando com ataques xenófobos contra estrangeiros. Esta semana, quase uma centena de nigerianos foram deportados, mas as autoridades dizem que o desenvolvimento não está ligado aos ataques.
Durante as últimas quatro semanas, a África do Sul tem testemunhado ataques xenófobos contra estrangeiros, especialmente nigerianos, que os sul-africanos acusam de cometer crimes e tomar seus empregos. Na sexta-feira, manifestantes anti-imigrantes marcharam na capital Pretória. Os protestos se tornaram violentos forçando a polícia a usar gás lacrimogéneo, balas de borracha e água para dispersar os manifestantes que se dedicavam a saquear lojas pertencentes a estrangeiros. Acredita-se que os protestos sejam um resultado da insatisfação dos desempregados sul-africanos, principalmente os jovens.
"Muitas pessoas aqui, especialmente os estrangeiros, culpam o prefeito de Joanesburgo, Herman Mashaba, por esses ataques xenófobos", diz o correspondente da DW Thuso Khumalo em Joanesburgo. De acordo com Khumalo, Mashaba disse, "todos os imigrantes ilegais em Joanesburgo estão cometendo crimes, então eles devem ir".

Falta de documentos legais ou delito?
Na terça-feira, cerca de 97 nigerianos foram deportados por terem sido acusados ​​de cometer vários crimes civis, criminais e relacionados com drogas. Entre os deportados estavam 95 homens e duas mulheres. Uche Ajulu-Okeke, cônsul-geral da Nigéria para a África do Sul, confirmou as deportações, mas atribuiu-lhe "falta de documentação". Okeke no entanto, observou que alguns nigerianos alegaram que seus documentos haviam sido destruídos em violência anti-imigrante, tornando difícil para eles provar que eles tinham documentos legais.

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