As explosões no centro de
Damasco parecem ter sido parte de um ataque coordenado contra muçulmanos chitas.
Ninguém ainda reivindicou a responsabilidade, mas extremistas sunitas
realizaram ataques semelhantes no passado.
Relata-se de pelo menos 38
pessoas morreram e mais de 90 ficaram feridas em um par de explosões no coração
de Damasco, de acordo com o grupo de Supervisão do Observatório Sírio para os
Direitos Humanos (SOHR).
No que está sendo
descrito como um dos ataques mais sangrentos na capital síria, as bombas
explodiram no sábado de manhã perto de um cemitério na secção Bab Masala da
capital, segundo a agência de notícias estatal SANA, na Síria.
Uma bomba à beira da estrada explodiu quando um Machimbombo (ônibus) passou e um suicida se explodiu perto do cemitério Bab al-Saghir, que abriga vários mausoléus chitas que atraem peregrinos de todo o mundo, de acordo com o SOHR.
Uma estação de TV baseada
no Líbano, al-Mayadeen, relatou que os bombardeios tinham alvejado ônibus
transportando peregrinos para o cemitério. Esses peregrinos, agora parecem, que
eram todos iraquianos, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores do
Iraque.
"As estatísticas
preliminares indicam a queda de cerca de 40 mártires iraquianos e 120
feridos". Disse o porta-voz do ministério Ahmed Jamal, em uma declaração
denominando-a "operação terrorista criminosa".
Um pequeno relatório do
SANA disse que "duas bombas terroristas" perto do cemitério de Bab
al-Saghir mataram "vários mártires" e feriram outros. O cemitério
está localizado perto de um dos sete portões da Cidade Velha de Damasco.
Os santuários chitas são
um alvo frequente de ataques de extremistas sunitas pertencentes à Al-Qaeda e
ao grupo militante do "Estado Islâmico" (IS), não apenas na Síria,
mas também no vizinho Iraque.
O mausoléu de Sayeda
Zeinab ao sul da capital é o sítio de peregrinação chiita mais visitado da
Síria. Ele foi atingido por vários bombardeios mortais durante a guerra civil
de seis anos na Síria.
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